Uma empresa farmacêutica de Łódź recebeu mais de 2 milhões de euros para reduzir os antibióticos animais na cadeia alimentar humana.

Numa tentativa de encontrar uma solução para a conhecida utilização excessiva de antibióticos em animais criados para consumo humano, cuja utilização conduziu a um aumento de estirpes de bactérias resistentes a antibióticos, a Proteon Pharma começou a desenvolver microrganismos amigos do ambiente conhecidos como fagos - um vírus que infecta e se replica dentro das bactérias.

De acordo com o "Center For Disease Dynamics, Economics and Policy" americano, 73% dos antibióticos do mundo são utilizados na agricultura.
Em outubro de 2018, a UE votou a favor da proibição da utilização profiláctica de antibióticos na agricultura, que entrará em vigor em 2022.

Embora isto ajude a combater a resistência aos antibióticos, não ajuda a reduzir a quantidade de doenças transmitidas dos animais para os seres humanos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 60% dos agentes patogénicos que causam doenças nos seres humanos são de origem animal.
Especializada em piscicultura, a Proteon Phrama recebeu agora uma subvenção de 2,9 milhões de euros para ajudar a desenvolver fagos para combater infecções bacterianas em piscicultura, também conhecida como aquacultura.

Matthew Tebeau, membro do Conselho de Administração e Diretor de Operações da Proteon Pharmaceuticals, afirmou num comunicado de imprensa: "Os produtores de peixes de viveiro procuram alternativas eficientes à utilização de antibióticos e tratamentos preventivos e curativos eficazes na aquacultura.
"Os produtos baseados em bacteriófagos são uma ferramenta eficaz para combater doenças bacterianas em peixes de viveiro, uma vez que eliminam apenas as bactérias patogénicas específicas, sem danificar o microbioma do animal."

O financiamento adicional permitirá à Proteon melhorar e automatizar o processo de pesquisa e seleção de fagos adequados para utilização em aquacultura.